sábado, 31 de janeiro de 2009

METAFORA DE ALBERT EINSTEIN

O físico Albert Einstein, nascido em Ulm, Alemanha, em 1879, logo, 27 anos após a manifestação do chefe Seattle, foi um dos poucos cientistas que, alem de defenderem princípios humanistas, viam em Deus, não pessoalmente, mas na sua obra, a causa de tudo o que o homem não conseguia explicar. Contudo, como foi um dos poucos que permaneceram nesta vereda, teve que reconhecer que a “consciência” que se desenvolvia na área cientifica, como na religiosa, estava levando as duas instituições a divergirem cada vez mais das verdades que defendia. Daí sua metáfora: a ciência é capenga e a religião é cega.
A ciência, segundo ele, deveria se ocupar dos fatos, enquanto a religião precisaria cuidar dos valores. Por conseguinte, enquanto esta ultima não deveria qualificar de fatos as descrições que emergem das escrituras, a primeira não poderia erguer ao nível de verdades incontestes “suas afirmações”, uma vez que estas nada mais são do que a expressão de seus apontamentos. E estes, como sois acontecer, “serão por ela mesma desditos amanha, como hoje, silenciosamente, arquiva a maioria dos que ontem possuía.”
A ciência, dizia, não pode se posicionar contra determinadas informações que brotam do espaço religioso, porque estas dizem respeito à “mistérios” que continuam sendo interpretados como tais somente porque a sua parametrizada racionalidade científica não conseguiu penetrar. Assim como a religião não deve por isso se alegrar, porque quando o faz, sempre recorre àquele “seu deus planetário e pessoal”, que antes ou depois, conscientemente, terá que renegar em favor daquele Deus Universal que por estar muito acima de tudo e de todos, ainda não consegue enxergar.
Einstein afirmava, sempre com o intuito de sugerir critérios para uma pacifica harmonia entre as partes, que a principal fonte de conflitos entre a esfera religiosa e cientifica residia no dogma do “Deus pessoal”, aquele que em cada credo de forma diferente, em troca de uma oração vulgar ou de uma oferta pecuniária, está sempre disponível para atender os desejos de seus fieis. Em outras palavras, uma imitação do gênio de Aladim: acaricia-se a lâmpada mágica, e eis que o gênio, depois de assumir forma humana, diz: as suas ordens, amo. Quais são seus desejos?
Durante a leitura das próximas paginas o leitor será levado a entender, percorrendo os milênios, a origem e a evolução do nosso planeta, a genealogia do homem, a luta para desenvolver a razão a partir da inteligência que lhe foi doada, o nascimento das religiões e das ciências, a origem do antagonismo que lhe é intrínseco - bem como seus irredimíveis erros, somente porque do alto de seus pedestais moldados no respectivo orgulho, não conseguem visualizar que as flores mais puras são sempre as que humildemente brotam dos braços da natureza.
Sim, cingidas de empáfia, se negam a aceitar que é alem do recinto de suas instituições que desde o inicio dos tempos germinam e florescem aquelas flores que elas, com raras exceções, jamais conseguiram colher. Raras exceções, porque “a terra mais fértil” é sempre a que é alimentada pela humildade.
Ao termino, caberá ao leitor se posicionar a respeito do que leu, lembrando-lhe que as paginas da história, acompanhando os tempos, mesmo se eventualmente podem estar contaminadas pela influencia de seus autores, há séculos permanecem disponíveis nas prateleiras de todas as livrarias ou bibliotecas do mundo.

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